Esse é um blog com tópicos sobre neuropsicologia voltados para o interesse clínico em geral
sábado, 20 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
TRIAGEM PARA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CRIANÇAS PEQUENAS – DECLARAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES DA PREVENTIVE SERVICES TASK FORCE NEW DOS EUA (USPSTF)
Há no meio clínico debates
quanto a eficácia do rastreio do transtorno do espectro autista – TEA por meio
de escalas por considerem esse recurso insuficiente para crianças sem sinais e
sintoma evidentes entre 8 meses e 30 meses e da intervenção precoce desnecessária
quando o diagnóstico é indevido. Há, também, a preocupação quanto à necessidade
de uso de instrumentos validados que permitam a detecção de casos com potenciais
riscos de ser subdiagnosticados.
A declaração considera a
necessidade de os profissionais ouvirem atentamente as queixas dos pais durante
o exame; recorrerem a instrumentos validados para avaliar a necessidade de testes
e serviços de diagnósticos complementares. Orientam que os profissionais devem
ficar atentos durante a fase de desenvolvimento entre 08 a 30 meses por
observarem muitas crianças subdiagnosticadas por problemas de precisão nas
escalas.
Frisam diversas vezes que
a recomendação não é a FAVOR ou CONTRA a triagem via escalas por falta de
evidências nas pesquisas disponíveis sobre o assunto, mas que nos casos de
riscos e com falta de sinais e sintomas evidentes o clínico deve utilizar o seu
julgamento para decidir se o rastreio será suficiente para descartar um
paciente do rol de potenciais riscos de ser subdiagnosticados para TEA.
O grande problema então
das triagens são: a instabilidade no diagnóstico de TEA em idade precoce; falta
de dados sobre o valor preditivo positivo; e fraqueza de evidências para
eficácia do tratamento precoce. Portanto, o rastreio é importante, mas não
suficiente para crianças sem sinais evidentes.
Apresentam os testes M-CHAT,
Follow M-CHAT-F, Follow M-CHAT-R/F (para os pais) e Autism Screening Questionnaire para rastreio do TEA. Sendo que a avaliação central requer análise
das habilidades de comunicação; atenção conjunta, ou seja, flexibilidade e
adequação no uso dos diversos tipos de atenção exigidos pelo ambiente –
interação atencional; motricidade (movimentos repetitivos); e simulação de
jogo.
O tratamento é via
modulação comportamental, acompanhamento médico (pediatra, neurologista e/ou
psiquiatra), suporte pedagógico para educação formal, fonoaudiologia, terapia
ocupacional. A intervenção precoce em comportamentos disfuncionais e cognitivos para TEA deve atrelar-se ao desenvolvimento
do paciente por meio de análise comportamental aplicada, psicoeducação para os
pais, reprodução ou intervenção baseadas na INTERAÇÃO. Esse rol de intervenção
multi/interprofissional tem apresentado bons efeitos na eficácia sobre
resultados cognitivos, comportamentais e de linguagem. Esse programa exige,
porém, intervenção intensiva de até 40 horas semanais e aplicado nos diversos
ambientes da criança (escola, casa e ambulatorial). Portanto, o tratamento
precoce intensivo, atrelado ao desenvolvimento, reduz os sintomas nucleares do
TEA.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
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